sábado, 16 de julho de 2011

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FISIOTERAPIA


DARLOZA BRAGA

Caros Amigo(a)s e leitores

É um prazer imenso passar para você um pouco do que aprendi e poder interagir de fato com vocês.

A você que me envia email perguntando sobre determinado assunto , saiba que estarei sempre pronta para atende-la(o)s e que a resposta estará no Blog na página "PERGUNTAS E RESPOSTAS". 




Um grande abraço

Darloza Braga

 


"Se tentou e fracassou, se planejou e viu seus planos ruírem, lembre-se de que os maiores homens da história foram produtos da coragem, e a coragem bem sabemos, nasce no berço da adversidade." (autor desconhecido)

domingo, 15 de maio de 2011

APOFISITE MEDIAL

O que é a apofisite medial?
É uma dor no cotovelo, no seu lado interno e mais próximo ao corpo.

Como ocorre?
A articulação do cotovelo é composta por três ossos: úmero (osso do braço), ulna e rádio (ossos do antebraço).
As extremidades inferiores do úmero recebem o nome de epicôndilos - a mais próxima ao corpo chama-se epicôndilo medial e a situada na parte externa do cotovelo é conhecida por epicôndilo lateral.
Ao epicôndilo medial ligam-se os músculos que flexionam o punho e ao epicôndilo lateral, aqueles que o estendem. O uso excessivo dos músculos que flexionam o punho causa irritação nos pontos em que eles se conectam ao osso, no epicôndilo medial.
Os ossos crescem, nas crianças, a partir de áreas chamadas placas de crescimento. No epicôndilo medial, existe uma placa de crescimento chamada apófise medial. À inflamação ou irritação dessa placa de crescimento, dá-se o nome de apofisite medial.
A apofisite medial é causada por excesso de atividade, mais especificamente, a relacionada ao arremesso.
O excesso de arremesso estressa os músculos que dobram o punho. A conseqüência dessa sobrecarga é a inflamação da placa de crescimento. Em casos severos, a placa de crescimento pode se desprender da parte distal do osso do braço (úmero).


Quais são os sintomas?
A apofisite medial causa dor na parte interna do cotovelo, podendo haver edemas na região.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o braço e o cotovelo da criança. Haverá suscetibilidade à dor, ao longo do epicôndilo medial, confirmada, quando a criança arremessar uma bola ao médico.
O raio X pode mostrar inflamação ou quebra na placa de crescimento.

Como é tratada?
O mais importante, no tratamento desta lesão, é proibir movimentos de arremesso.
Compressas de gelo devem ser colocadas sobre o cotovelo, por cerca de 20 a 30 minutos, a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor passe. Antiinflamatórios podem ser eceitados e a criança talvez precise realizar exercícios de reabilitação.
Para maior sustentação, uma cotoveleira elástica pode ser colocada, na articulação inflamada. A cirurgia pode ser indicada em casos sérios, quando houver fratura do osso.

Quando a criança pode retornar ao seu esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que a criança retorne às suas atividade diárias e ao esporte, o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe o risco de piorar a lesão, que levaria a um dano permanente.
Cada caso é um caso e cada criança tem uma recuperação diferente da outra, por isso, o retorno ao esporte ou às atividades diárias será determinado pelo tempo necessário para a melhora do cotovelo, e não por quantos dias ou semanas se passaram, desde a ocorrência da lesão.
Geralmente, quanto mais tempo se levar para procurar um médico, após o início da inflamação, mais tempo se levará para recuperar a lesão.
A criança poderá voltar a arremessar, tão logo o inchaço ao redor do cotovelo lesionado tenha desaparecido, e assim que a sua força normal tiver sido recuperada, em comparação ao cotovelo não lesionado. O movimento deve ser total, sem apresentar rigidez.
O ato de arremessar deve ser gradualmente aumentado mas o exercício deve ser suspenso, caso a dor retorne.

Como prevenir a apofisite medial?
A prevenção é feita através da limitação da quantidade de arremessos que a criança realiza.
Por esse problema ocorrer, com maior freqüência, em arremessadores, existem parâmetros de quantidade de arremessos que a criança pode realizar, durante a semana; geralmente, uma criança entre 9 e 12 anos deve realizar um máximo de 250 arremessos por semana.
Já, um adolescente entre 13 e 15 anos poderá efetuar um máximo de 350 vezes por semana.

Exercícios de Recuperação Para Apófisite Medial
Os exercícios de alongamento 1 a 3 podem ser iniciados logo após a consulta médica e os exercícios de fortalecimento 4 a 6, quando os exercícios de alongamento forem praticamente indolores.

» Todos os exercícios devem ser repetidos 10 vezes e realizados em 3 séries.

1 - Arco de Movimento do Punho: 
Dobre o mais que puder seu punho para frente e para trás conforme mostra a figura ao lado. 
 
 
 
 
 
 
2 - Arco de Movimento do Antebraço:
Com o cotovelo de lado, dobrado a 90º, gire devagar a mão para cima (com a palma para cima) e mantenha-a por 5 segundos; depois, devagar, gire a mão para baixo (com a palma para baixo) e mantenha-a por 5 segundos.













3 - Arco de Movimento do Cotovelo:
Em pé, eleve devagar sua mão com a palma para cima, indo de encontro ao seu ombro; dobre o seu cotovelo o máximo que você puder. Depois, desdobre-o, estendendo-o e mantendo-o o mais endireitado possível.













4 - Fortalecimento do Punho:



A) Flexão do Punho: segure, por exemplo, uma lata de conserva com a palma da mão para cima. Devagar, dobre o punho para cima e, então, abaixe o peso, retornando à posição inicial

B) Extensão do Punho: segure, por exemplo, uma lata de conserva com a palma da mão para baixo. Devagar, dobre seu punho para cima e, lentamente, abaixe o peso, retornando à posição inicial.
C) Afastamento Radial do Punho: com o punho na posi ção lateral e polegar para cima, segure uma lata de conserva. Devagar, dobre o seu punho para cima com o polegar em direção ao teto e, lentamente, abaixe o peso, retornando à posição inicial.
Não mova seu antebraço durante todo o exercício.
5 - Pronação e Supinação:

Substitua o cabo de martelo da figura ao lado por uma régua e segure-a com seu cotovelo dobrado a 90º e apoiado em alguma mesa.
Devagar, faça movimento de rotação, primeiro com a palma da mão para cima e depois para baixo.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 - Enrolamento do Bíceps (Fortalecimento):

Em pé, segure um haltere ou uma lata de conserva. Dobre o cotovelo do braço comprometido, com a palma para cima, de encontro ao seu ombro e, lentamente, retorne à posição inicial e estenda seu braço.


LUXAÇÃO DO COTOVELO

A luxação do cotovelo é comum em crianças. Nos adultos, é a 3ª articulação mais luxada (as mais comuns são do ombro e dos dedos). Em geral ocorre após uma queda sobre a mão espalmada, com o cotovelo fletido ou semi-fletido. Pode haver associação de fraturas, lesões de nervos e de partes moles (tendões e músculos).
O paciente chega ao pronto socorro com dor intensa, deformidade e incapacidade de movimentar o cotovelo.

Tratamento:
A redução deve ser feita o mais breve possível. Preferencialmente, deve-se fazer o raio-x (RX) antes da redução, para verificar possíveis fraturas associadas. A redução é obtida com tração do anterbaço lenta e contínua, até o alinhamento anatômico da articulação.
Após obter a redução. o cotovelo deve ficar imobilizado por um período variável (em geral 1 semana) e depois iniciar fisioterapia para reabilitação.
Pode haver instabilidade residual do cotovelo, dependendo da lesão inicial. Pode haver necessidade de abordagem cirúrgica nestes casos.