sábado, 16 de julho de 2011

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FISIOTERAPIA


DARLOZA BRAGA

Caros Amigo(a)s e leitores

É um prazer imenso passar para você um pouco do que aprendi e poder interagir de fato com vocês.

A você que me envia email perguntando sobre determinado assunto , saiba que estarei sempre pronta para atende-la(o)s e que a resposta estará no Blog na página "PERGUNTAS E RESPOSTAS". 




Um grande abraço

Darloza Braga

 


"Se tentou e fracassou, se planejou e viu seus planos ruírem, lembre-se de que os maiores homens da história foram produtos da coragem, e a coragem bem sabemos, nasce no berço da adversidade." (autor desconhecido)

domingo, 15 de maio de 2011

APOFISITE MEDIAL

O que é a apofisite medial?
É uma dor no cotovelo, no seu lado interno e mais próximo ao corpo.

Como ocorre?
A articulação do cotovelo é composta por três ossos: úmero (osso do braço), ulna e rádio (ossos do antebraço).
As extremidades inferiores do úmero recebem o nome de epicôndilos - a mais próxima ao corpo chama-se epicôndilo medial e a situada na parte externa do cotovelo é conhecida por epicôndilo lateral.
Ao epicôndilo medial ligam-se os músculos que flexionam o punho e ao epicôndilo lateral, aqueles que o estendem. O uso excessivo dos músculos que flexionam o punho causa irritação nos pontos em que eles se conectam ao osso, no epicôndilo medial.
Os ossos crescem, nas crianças, a partir de áreas chamadas placas de crescimento. No epicôndilo medial, existe uma placa de crescimento chamada apófise medial. À inflamação ou irritação dessa placa de crescimento, dá-se o nome de apofisite medial.
A apofisite medial é causada por excesso de atividade, mais especificamente, a relacionada ao arremesso.
O excesso de arremesso estressa os músculos que dobram o punho. A conseqüência dessa sobrecarga é a inflamação da placa de crescimento. Em casos severos, a placa de crescimento pode se desprender da parte distal do osso do braço (úmero).


Quais são os sintomas?
A apofisite medial causa dor na parte interna do cotovelo, podendo haver edemas na região.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o braço e o cotovelo da criança. Haverá suscetibilidade à dor, ao longo do epicôndilo medial, confirmada, quando a criança arremessar uma bola ao médico.
O raio X pode mostrar inflamação ou quebra na placa de crescimento.

Como é tratada?
O mais importante, no tratamento desta lesão, é proibir movimentos de arremesso.
Compressas de gelo devem ser colocadas sobre o cotovelo, por cerca de 20 a 30 minutos, a cada 3 ou 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor passe. Antiinflamatórios podem ser eceitados e a criança talvez precise realizar exercícios de reabilitação.
Para maior sustentação, uma cotoveleira elástica pode ser colocada, na articulação inflamada. A cirurgia pode ser indicada em casos sérios, quando houver fratura do osso.

Quando a criança pode retornar ao seu esporte ou atividade?
O objetivo da reabilitação é que a criança retorne às suas atividade diárias e ao esporte, o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe o risco de piorar a lesão, que levaria a um dano permanente.
Cada caso é um caso e cada criança tem uma recuperação diferente da outra, por isso, o retorno ao esporte ou às atividades diárias será determinado pelo tempo necessário para a melhora do cotovelo, e não por quantos dias ou semanas se passaram, desde a ocorrência da lesão.
Geralmente, quanto mais tempo se levar para procurar um médico, após o início da inflamação, mais tempo se levará para recuperar a lesão.
A criança poderá voltar a arremessar, tão logo o inchaço ao redor do cotovelo lesionado tenha desaparecido, e assim que a sua força normal tiver sido recuperada, em comparação ao cotovelo não lesionado. O movimento deve ser total, sem apresentar rigidez.
O ato de arremessar deve ser gradualmente aumentado mas o exercício deve ser suspenso, caso a dor retorne.

Como prevenir a apofisite medial?
A prevenção é feita através da limitação da quantidade de arremessos que a criança realiza.
Por esse problema ocorrer, com maior freqüência, em arremessadores, existem parâmetros de quantidade de arremessos que a criança pode realizar, durante a semana; geralmente, uma criança entre 9 e 12 anos deve realizar um máximo de 250 arremessos por semana.
Já, um adolescente entre 13 e 15 anos poderá efetuar um máximo de 350 vezes por semana.

Exercícios de Recuperação Para Apófisite Medial
Os exercícios de alongamento 1 a 3 podem ser iniciados logo após a consulta médica e os exercícios de fortalecimento 4 a 6, quando os exercícios de alongamento forem praticamente indolores.

» Todos os exercícios devem ser repetidos 10 vezes e realizados em 3 séries.

1 - Arco de Movimento do Punho: 
Dobre o mais que puder seu punho para frente e para trás conforme mostra a figura ao lado. 
 
 
 
 
 
 
2 - Arco de Movimento do Antebraço:
Com o cotovelo de lado, dobrado a 90º, gire devagar a mão para cima (com a palma para cima) e mantenha-a por 5 segundos; depois, devagar, gire a mão para baixo (com a palma para baixo) e mantenha-a por 5 segundos.













3 - Arco de Movimento do Cotovelo:
Em pé, eleve devagar sua mão com a palma para cima, indo de encontro ao seu ombro; dobre o seu cotovelo o máximo que você puder. Depois, desdobre-o, estendendo-o e mantendo-o o mais endireitado possível.













4 - Fortalecimento do Punho:



A) Flexão do Punho: segure, por exemplo, uma lata de conserva com a palma da mão para cima. Devagar, dobre o punho para cima e, então, abaixe o peso, retornando à posição inicial

B) Extensão do Punho: segure, por exemplo, uma lata de conserva com a palma da mão para baixo. Devagar, dobre seu punho para cima e, lentamente, abaixe o peso, retornando à posição inicial.
C) Afastamento Radial do Punho: com o punho na posi ção lateral e polegar para cima, segure uma lata de conserva. Devagar, dobre o seu punho para cima com o polegar em direção ao teto e, lentamente, abaixe o peso, retornando à posição inicial.
Não mova seu antebraço durante todo o exercício.
5 - Pronação e Supinação:

Substitua o cabo de martelo da figura ao lado por uma régua e segure-a com seu cotovelo dobrado a 90º e apoiado em alguma mesa.
Devagar, faça movimento de rotação, primeiro com a palma da mão para cima e depois para baixo.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 - Enrolamento do Bíceps (Fortalecimento):

Em pé, segure um haltere ou uma lata de conserva. Dobre o cotovelo do braço comprometido, com a palma para cima, de encontro ao seu ombro e, lentamente, retorne à posição inicial e estenda seu braço.


LUXAÇÃO DO COTOVELO

A luxação do cotovelo é comum em crianças. Nos adultos, é a 3ª articulação mais luxada (as mais comuns são do ombro e dos dedos). Em geral ocorre após uma queda sobre a mão espalmada, com o cotovelo fletido ou semi-fletido. Pode haver associação de fraturas, lesões de nervos e de partes moles (tendões e músculos).
O paciente chega ao pronto socorro com dor intensa, deformidade e incapacidade de movimentar o cotovelo.

Tratamento:
A redução deve ser feita o mais breve possível. Preferencialmente, deve-se fazer o raio-x (RX) antes da redução, para verificar possíveis fraturas associadas. A redução é obtida com tração do anterbaço lenta e contínua, até o alinhamento anatômico da articulação.
Após obter a redução. o cotovelo deve ficar imobilizado por um período variável (em geral 1 semana) e depois iniciar fisioterapia para reabilitação.
Pode haver instabilidade residual do cotovelo, dependendo da lesão inicial. Pode haver necessidade de abordagem cirúrgica nestes casos.

Cotovelo

DISTENSÃO DO MÚSCULO ABDOMINAL

O que é a distensão dos músculos abdominais ?
A distensão é um estiramento ou ruptura de um músculo ou tendão. Os músculos abdominais podem distender-se durante atividades de extremo esforço.
Como ocorre?
Durante uma atividade vigorosa, como erguer algo, ou mesmo através de uma tosse ou espirro forte, esses músculos podem se distender.

Quais são os sintomas?
Dor sobre os músculos abdominais. Uma ruptura funda dos músculos e da fascia pode resultar em uma hérnia na parede do abdômen, quando parte do conteúdo deste extravasa através da ruptura, formando uma saliência.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o abdômen e pedirá para que o paciente faça abdominais, isso reproduzirá os sintomas. Em casos de hérnia, o médico poderá sentir ou ver uma saliência no local.

Como é tratada?
O tratamento poderá incluir:
• Aplicação de gelo no músculo distendido por 20 a 30 minutos, sendo que cada 8 minutos de gelo deve ser seguido de uma pausa de 3 minutos. Pode ser feita a cada 3 ou 4 horas, por 2 ou 3 dias ou até que a dor desapareça.
• Medicação antiinflamatória.
• Em casos de hérnia abdominal a cirurgia é indicada

.Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte ou à atividade acontecerá, com segurança, quando o paciente:
• Puder curvar-se sobre o quadril e tocar os dedos dos pés e retornar a posição ereta, sem sentir dor.
• For capaz de fazer abdominais, sem dor.
Em casos de hérnias, deve-se ter cuidado ao realizar abdominais que forcem demasiadamente os músculos e conversar com o médico a respeito da reparação da hérnia.

Como preveni-la?
 A melhor maneira de prevenir essa distensão é mantendo os músculos abdominais bem fortalecidos. É importante não exagerar ao começar o programa de exercícios. Para levantar objetos pesados, deve-se dobrar os joelhos e manter as costas e o abdômen retos.
Exercícios de reabilitação para a distensão dos músculos abdominais:
Os exercícios devem ser supervisionados por um fisioterapeuta, este é apenas um guia dos exercícios que podem ser feitos.
1 - Enriste Pélvico:

Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão. Manter a posição por 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
Quando o exercício já estiver sendo realizado com facilidade, contrair os músculos abdominais, pressionar a lombar contra o solo e levantar um dos pés, 5 a 6 cm do solo.
Manter essa posição por 5 segundos e então abaixar o pé. Repetir com a outra perna. Fazer 10 vezes cada lado.

 2 - Enrolamento Parcial:
Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima.
Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais. Manter a posição por 3 segundos.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes. Progressivamente, fazer 3 séries.
Quando esse exercício for realizado com facilidade, o paciente deve realizar o enrolamento diagonal.

3 - Enrolamento Diagonal:

Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés plantados no solo. Segurar a cabeça, colocando as mãos atrás do pescoço. Contrair os músculos do abdômen e levantar a cabeça e ombros, rodando o tronco para a direita.
Não usar os braços para ajudar a levantar o corpo.
Manter a posição por 3 segundos e voltar à posição inicial.
Fazer para o lado esquerdo. Fazer 3 séries de 10 repetições.

4 - Abdominal Para o Baixo Abdômen:

Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados, mantendo os pés elevados. Os joelhos devem apontar para o teto e a lombar deve estar apoiada no solo.
Abaixar o pé direito até que ele quase toque o solo e depois levantá-lo novamente, como na posição inicial.
Fazer o mesmo com o pé esquerdo. Repetir 10 vezes.

ESPONDILOLISE E ESPONDILOLISTESE

O que são espondilolise e espondilolistese?
A parte baixa da coluna é chamada de espinha lombar. Ela é formada por cinco ossos, chamados vértebras lombares. A vértebra possui duas grandes partes, uma parte sólida, chamada de corpo vertebral e um anel ósseo, pelo qual passam a parte inferior da medula e os nervos.
Entre os corpos das vértebras existe um material para absorção de impacto, chamado disco intervertebral.
Parte do anel de cada vértebra toca a vértebra acima e a vértebra abaixo dela, cada uma dessas articulações é conhecida com PARS.

A espondilólise é a fratura de um ou dois lados do anel da vértebra.
A espondilolistese é o deslocamento anterior da vértebra, que é permitido pela fratura dos dois lados do anel vertebral, em crianças é mais comum ocorrer entre a 5º vértebra lombar e o sacro.
A espondilólise e a espondilolistese ocorrem com maior freqüência, entre os jovens e adultos, nas 4º e 5º vértebras lombares e, principalmente, em pacientes que participam de atividades que aumentam o estresse nesta região, principalmente ginastas, dançarinos e jogadores de futebol americano.


 Como ocorre ?
São resultantes de movimentos repetitivos de extensão da coluna (dobrar as costas para trás). Isso causa o enfraquecimento dos anéis das vértebras lombares, eventualmente levando a uma fratura deles. Menos freqüentemente, essa condição pode ser causada por um trauma nas costas.
Alguns médicos acreditam que algumas pessoas nascem com anéis vertebrais fracos.

Quais são os sintomas ?
A espondilólise e a espondilolistese podem ser assintomáticas ou apresentarem sintomas muito leves, mas pacientes adolescentes e adultos podem desenvolver dor intensa nas costas, com irradiação posterior para o joelho ou abaixo dele e que piora ao ficar de pé.
Essa dor pode, ainda, ser constante ou intervalada. Os pacientes freqüentemente relatam espasmos na musculatura Isquiotibial (posterior da coxa), perceptíveis pela incapacidade de flexionar o tronco para frente e para baixo. As lesões nervosas raramente acontecem.

Como são diagnosticadas ?
O médico examinará a coluna e procurará sensibilidade nas vértebras ou espasmos nos músculos próximos à vértebra; pedirá um raio-x, que mostrará a fratura no anel da vértebra ou o deslocamento da vértebra.

Como são tratadas ?
Durante o período de dor aguda o médico poderá prescrever medicamentos antiinflamatórios ou analgésicos e orientará o paciente a colocar compressas de gelo sobre as costas por 8 minutos seguidos de 3 minutos de pausa, repetido esse ciclo até completar 30 minutos. Esse ciclo pode ser feito a cada 3 a 4 horas, por 2 a 3 dias ou até que a dor desapareça.
O paciente poderá praticar o esporte ou a atividade, que sempre exerceu, desde que não sinta dor, com exceção dos esportes ou das atividades que envolvam a hiperextensão da coluna, nesse caso o paciente deverá escolher outro esporte ou atividade.
Se o médico achar que a fratura é recente e que o osso pode se recuperar, ele poderá recomendar o uso de um aparelho, de 1 a 3 meses. Casos sérios de espondilolistese podem requerer cirurgia.
A espondilólise e a espondilolistese são problemas crônicos. É importante manter a coluna na melhor condição física possível e manter um bom peso corporal.

Como evitar a espondilolise e a espondilolistese?
A melhor maneira de evitar esses problemas é manter os músculos da coluna e abdômen fortes e evitar ficar acima do peso ideal. Em casos de espondilólise é possível evitar que ela progrida para uma espondilolistese fazendo exercícios para a coluna e evitando atividades que forcem a extensão das costas para trás, como parar ou derrubar o jogador adversário durante uma partida de futebol americano.
É importante possuir músculos abdominais fortes quando as estruturas da coluna estão enfraquecidas. Esses exercícios ajudarão a construir músculos abdominais fortes.

Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente. Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
É muito importante eliminar totalmente a dor lombar e passar pelo médico antes de retornar a qualquer atividade árdua.
Para retornar ao esporte ou à atividade é preciso possuir total alcance de movimento, igual o que tinha antes da lesão e conseguir correr, saltar e girar sobre o tronco, sem sentir qualquer dor.

Exercícios de reabilitação para espodilolise e espondilolistese:

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Enriste Pélvico:
Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão.
Manter a posição por 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
Quando o exercício se tornar fácil o paciente deve evoluir para o exercício chamado bicho morto.
 2 - Bicho Morto:
Contrair os músculos abdominais e pressionar a lombar contra o solo.
Levantar uma perna, a alguns centímetros do solo.
Manter por 5 segundos e então relaxar. Fazer com a outra perna.
Alternar as pernas e fazer 5 repetições com cada uma e depois relaxar os músculos abdominais.
Fazer 3 séries.

3 - Enrolamento Parcial:
Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima. Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais.
Manter a posição por 3 segundos.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.
Progressivamente, fazer 3 séries.

4 - De Quatro e Sentar no Calcanhar:

Ficar em posição de quatro apoios.
A coluna deve ficar reta.
Colocar o peso na parte de trás do corpo e sentar sobre os calcanhares.
Manter a posição por 6 segundos e retornar à posição inicial.
Fazer 10 vezes.

5 - Rotação do Quadril de Bruços:

Deitado no solo sobre o abdômen, dobrar os joelhos para que as coxas apóiem no chão e a canela fique perpendicular ao solo.
Manter os joelhos e os ombros separadas pela mesma distância.
Cruzar as pernas uma sobre a outra o máximo que puder.
Manter os joelhos no solo, descruzar as canelas e separá-las o máximo que puder também.
Manter por 2 segundos e repetir de 10 a 20 vezes.
Quando esse exercício estiver fácil, adicione pesos aos calcanhares.




 

Traumatismo na Costela

TRAUMATISMO NA COSTELA

O que é um traumatismo na costela?
Com o propósito de proteger o coração, os pulmões e o conteúdo da região superior do abdômen, as costelas - 12 de cada lado do peito - estão ligadas à coluna vertebral na sua parte traseira. Na parte da frente, na altura do peito, 10 delas estão ligadas ao osso esterno, por pedaços de cartilagem.
Ao receber golpes ou pancadas diretas, pode haver contusão, fratura de costela ou traumas na cartilagem costal. No caso de se separarem da cartilagem, configura-se a separação condrocostal.

Como ocorre?
As lesões das costelas normalmente ocorrem como resultado de uma pancada direta sobre a parede torácica.
As fraturas geralmente ocorrem na parte curva externa da caixa torácica.
A separação condrocostal pode ocorrer em momentos de esforço expiratório brusco, como quando se aterrissa com força sobre os pés ou mesmo em atos corriqueiros como tossir ou espirrar violentamente.
Quais os sintomas?
Um traumatismo nas costelas pode causar dor e sensibilidade no local da lesão, inclusive ao se movimentar, respirar, rir ou tossir.

Como é diagnosticado?
O médico examina a caixa torácica, analisa os sintomas e ausculta os pulmões.
Ele pode pedir raios X do peito para visualizar algum dano das costelas, pulmões ou sangramento ao redor deles.

Como é tratado?
O tratamento pode incluir:
• Repouso
• Antiinflamatórios ou analgésicos.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
Se uma costela foi quebrada, o tempo de recupera ção pode variar entre 4 a 6 semanas.
O médico talvez tire raios X para verificar se o osso está curado antes de permitir que o paciente retorne a atividade ou ao esporte, especialmente se for um esporte de contato.
Para quem tem uma contusão ou uma separação da cartilagem das costelas, retornar à atividade será possível quando puder realizá-la sem sentir dor.
Esportes que não sejam de contato podem ser feitos desde que não exista dor ao fazê-los ou quando se respira.

Como evitar o traumatismo na costela?
Frequentemente as costelas se lesionam em acidentes que não podem ser evitados. Entretanto, em esportes de contato, é importante o uso de equipamento adequado para proteção.

AVALIAÇÃO DA ESCOLIOSE (SEGUNDO CRITÉRIOS DA SBOT - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

AVALIAÇÃO DA ESCOLIOSE (SEGUNDO CRITÉRIOS DA SBOT - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

Esse texto tem por objetivo a orientação para a identificação da Escoliose Idiopática em Adolescentes (EIA). O exame para o rastreamento de deformidades da coluna vertebral é recomendado para todas as crianças e adolescentes, principalmente do sexo feminino, devido à maior incidência.

Escoliose Vertebral:
Aparece por volta dos 10 anos de idade em uma coluna previamente normal. Devido a uma rotação no próprio eixo, a deformidade se apresenta tanto no plano frontal quanto no lateral.
O corpo vertebral gira para o lado convexo e o processo espinhoso para o lado côncavo. As costelas acompanham a rotação vertebral, girando para trás e para cima no lado convexo, e
para frente no lado côncavo. Devem ser consideradas como escolioses “verdadeiras” curvas maiores que 10º Cobb.


Tipos de Curvas:

A curva torácica para a direita é o tipo mais freqüentemente encontrado.
Curvas que fogem deste padrão devem ser melhor estudadas para o diagnóstico diferencial com outras etiologias.

A Prevalência:
Atinge 2-3% da população.
Felizmente as curvas maiores de 40º Cobb representam apenas 0.1% da população.
Meninas são 10 vezes mais acometidas do que os meninos.

Diagnóstico:
A deformidade é mais facilmente notada quando o tronco é visto por trás. Em uma curva torácica para direita, o ombro direito é elevado e o braço esquerdo freqüentemente parece ser mais longo e mais afastado do corpo. A escápula direita move-se para cima e lateralmente. Devido à rotação do tronco, a mama esquerda pode parecer maior do que a direita.
Dobrinhas do flanco e abdome podem estar assimétricas, principalmente em crianças com excesso de peso. A crista do ilíaco esquerdo aparenta ser mais saliente que a direita.

Acompanhamento:
Os princípios do tratamento têm por objetivo alterar a história natural da EIA (escoliose idiopática em adolescentes).
Sabe-se que as curvas com maior risco de progressão são as que aparecem antes da maturidade esquelética e que apenas as curvas maiores de 40º Cobb podem progredir independentemente da faixa etária.
As duas variáveis principais no tratamento da EIA são a maturidade óssea e o valor angular da curva (Cobb).
A orientação abaixo pode ser utilizada como regra para o tratamento da maioria dos pacientes portadores da EIA.
• Para curvaturas < 20º: Observação periódica durante o período do crescimento e estímulo à pratica de atividades recreativas.
• Para curvaturas 20 º-40º: A órtese (colete) é indicada nas crianças com potencial de crescimento ósseo.

Notas Importantes:
1. Ainda não há evidências científicas de que programas de exercícios, manipulação vertebral ou RPG melhorem ou impeçam a história natural da escoliose.
2. Nenhuma restrição deve ser feita para realização de qualquer tipo de atividade física ou esportiva.
3. Na presença de história familiar positiva para escoliose vertebral é recomendado o exame das crianças da mesma família, pois a EIA pode apresentar herança genética com maior risco de ocorrência na mesma família.
4. Curvas de menor valor (<20º) são comuns, mas apenas três adolescentes do sexo feminino em cada 1.000 possuem deformidade vertebral que necessite de tratamento com colete ou cirurgia.

OBS: Para visualizar melhor a tabela, clique sobre ela.

Como Detectar a Escoliose?

A – Sinais e Sintomas:
 Nos estágios iniciais, os sinais e sintomas da escoliose são pouco exuberantes e requerem um examinador atencioso. A dor normalmente não é relatada em uma criança com escoliose e quando isso ocorrer, devemos realizar uma investigação mais profunda para a procura de alguma outra etiologia para deformidade.

B – Testes:
Teste de Inclinação Anterior (Teste de Adams)
Este teste tem por objetivo a busca por um sinal físico de rotação vertebral fixa (estruturada) da coluna vertebral (gibosidade).
A criança curva-se anteriormente com os braços para frente, palmas viradas uma para a outra e com os pés juntos. Uma visão tangencial do dorso facilita a visualização da gibosidade costal ou da saliência da silhueta dos músculos lombares.
Uma diferença na altura entre o gradil costal direito e esquerdo é sugestivo de escoliose e merece melhore investigação.
Um teste de curvatura para frente positivo em uma menina com uma curvatura torácica vertebral. Curvaturas torácicas são mais bem detectadas com o examinador posicionado diretamente atrás da criança. Já na curva lombar, a forma mais fácil de visualização é pela frente.


Medida da Curvatura (Ângulo de Cobb):
O Raio-x panorâmico de coluna nas incidências de frente e lateral deve ser solicitado quando encontrarmos alterações no exame físico, sugestivas da presença de escoliose.
O ângulo de Cobb é medido ao traçar-se duas linhas paralelas às placas terminais dos corpos vertebrais no início e fim da curva. Em seguida, traça-se mais duas linhas perpendiculares a estas e o ângulo formado pelo cruzamento destas duas linhas é conhecido como ângulo de Cobb.



Potencial de Crescimento Ósseo (Sinal de Risser):

O sinal de Risser é freqüentemente utilizado como critério para avaliação do potencial de crescimento ósseo por sua fácil aplicação e comprovação da boa correlação com a maturidade óssea. Nele é avaliado o aparecimento da apófise de crescimento da crista ilíaca posterior, que sempre aparece de lateral para medial.
Nos estágios 1, 2 e 3 considera-se o paciente com maturidade esquelética, e nos estágios 4 e 5, com baixo potencial de crescimento.

Risser 0: sem apófise
Risser 1: 25%
Risser 2: 50%
Risser 3: 75%
Risser 4: 100%
Risser 5: Fusão da apófise à asa do ilíaco

Obs: Menarca e caracteres sexuais secundários também devem ser considerados na avaliação do potencial de crescimento.

C – Sinais de Alerta em Escoliose:
Todas as vezes em que a deformidade vertebral apresentar-se com características diferentes dos padrões mais comuns (sexo feminino, idade entre 10 e 14 anos, sem queixas de dor, com curva de lenta evolução e torácica esquerda), é necessária uma melhor investigação diagnóstica, pois outra etiologia pode ser a causa da deformidade.

Os principais sinais de alerta são:
• Meninos com curvas de valor elevado
• Curvas atípicas e de valor elevado
• Manifestações sistêmicas
• Dor e sinais de comprometimento neurológico
• Rápida progressão
• Lesões cutâneas ao longo da coluna

Hérnia de Disco

HÉRNIA DE DISCO

A coluna vertebral é composta por 33 vértebras, intercaladas por discos intervertebrais.
Esses discos são formados por um núcleo pulposo e por um anel fibroso. O núcleo pulposo é semigelatinoso e uma de suas funções é propiciar espaço entre as vértebras, para a passagem dos nervos entre elas. O anel fibroso é formado por fibras de colágeno, envolve o núcleo pulposo e uma de suas funções é manter o núcleo em seu lugar.

O que é a hérnia de disco?
Hérnia significa a saída de uma víscera ou de parte dela para fora de seus limites fisiológicos.
A hérnia de disco acontece quando o núcleo pulposo rompe o anel fibroso e extravasa para dentro do canal vertebral, podendo comprimir as raízes nervosas ou a medula na região. Afeta cerca de 2% da população mundial e 10% dos casos são de resolução cirúrgica.

Principais causas?
As hérnias de disco podem ser causadas por alguns fatores como:
• má postura,
• atividade física sem acompanhamento,
• obesidade,
• genética,
• excesso de levantamento de carga.

Quais os sintomas?
Os sintomas são abruptos, aparecendo subitamente uma dor na coluna irradiada, que pode vir acompanhada de formigamentos e alteração da sensibilidade, do reflexo e da força.
Nas hérnias cervicais, a dor pode atingir o pescoço e os braços e, no caso de hérnias lombares, pode haver irradiação da dor para as pernas. Geralmente, acomete apenas um dos lados do corpo.
Os sintomas caracterizam a hérnia, pois grande parte da população mundial apresenta alterações nos exames radiológicos, sem possuir nenhum sintoma.

Como fazer o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através do exame físico, do Raio X, da ressonância magnética e, às vezes, da tomografia computadorizada.

Qual o tratamento?
Com o início imediato do tratamento após o diagnóstico, costuma-se eliminar os sintomas em 8-12 semanas, sem relação com a melhora radiológica.

Começa-se com um tratamento baseado em:
• Repouso moderado de no máximo 10 dias;
• Medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios e mio-relaxantes;
• Compressas frias ou quentes;
• Injeção de esteróides, no espaço perto do disco comprometido, para controlar a dor e a inflamação;
• Fisioterapia: No início do tratamento, quando o paciente ainda está em crise, a fisioterapia é totalmente passiva e tem como objetivo diminuir a dor e relaxar a musculatura. Para atingir esses dois objetivos, o fisioterapeuta pode aplicar aparelhos elétricos, pompagens, mobilizações e massagens.
Quando os sintomas diminuírem, pode-se iniciar os fortalecimentos e alongamentos. No caso de hérnias, o RPG traz excelentes resultados, pois alivia os sintomas, favorecendo o retorno às atividades diárias e, muitas vezes, evitando a cirurgia.
A cirurgia é indicada quando o tratamento conservador não garante o efeito desejado ou na presença da síndrome da cauda eqüina e na progressão de uma lesão neurológica.

Quanto tempo durão os efeitos da hérnia de disco ?
• Manter a postura correta quando estiver andando, sentado, em pé, deitado ou trabalhando,
• Para levantar objetos pesados, não dobrar o quadril. A maneira correta é ajoelhar-se ou agachar-se perto do objeto, mantendo as costas retas. Usar os músculos das coxas para fazer o levantamento. Evitar girar sobre o tronco,
• Quando estiver em pé, manter sempre uma postura ereta com os ombros para trás, barriga para dentro, e a parte mais estreita das costas reta. Quando ficar em pé por longos períodos, movimentar-se bastante, trocar o peso de pé a todo o tempo e manter-se o mais ereto possível,
• Quando estiver sentado, ficar com os pés bem plantados no solo ou elevados. Levantar- se a cada 20 minutos e alongar-se (espreguiçar). Dar preferência às cadeiras que têm um bom encosto para as costas,
• Dormir sobre um colchão firme ou com uma prancha rígida sob o colchão. Deite-se de lado (nunca de bruços) com seus joelhos dobrados ou de costas, com um pequeno travesseiro sob a cabeça e outro travesseiro sob os joelhos.

Quando retornar ao esporte ou à atividade ?
O objetivo da reabilitação é que o paciente possa retornar ao esporte ou à atividade, o mais rápido e seguramente possível. Se o retorno for precoce, existe o risco de agravar a lesão, causando danos permanentes ao paciente. Como cada caso é diferente do outro, o retorno ao esporte dependerá da ausência da inflamação e da dor, não existindo um protocolo ou número exato de dias para isto acontecer.
Geralmente, quanto mais tempo houver sintomas da lesão e não houver interferência de um médico, maior será o tempo para recuperá-la.

Antes de retornar a qualquer atividade árdua, o paciente deve:
• Desempenhar todos os exercícios de reabilitação, sem sentir dor,
• Possuir total alcance de movimento das costas e pescoço, sem dor aguda nas pernas ou braços,
• Ser capaz de correr, saltar e girar sobre o tronco, sem sentir qualquer dor.

O que pode ser feito para evitar a hérnia de disco ?
Para evitar a hérnia de disco, deve-se manter o peso baixo, fazer uma dieta regulada e realizar exercícios para manter os músculos firmes.
Músculos fortes e flexíveis podem estabilizar sua coluna e protegê-la de lesões. Isso inclui manter os músculos do abdômen fortes.
Andar e nadar são bons exercícios para fortalecer e proteger sua coluna.

Exercícios de reabilitação da hérnia de disco:

Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

1 - Alongamento em Pé de Isquitibiais
Começar colocando o calcanhar de uma das pernas sobre um banco de, aproximadamente, 40 cm de altura, inclinar para frente, sem curvar a coluna, até sentir um leve alongar na parte posterior da coxa, segurar com as duas mãos na perna ou no pé.
Manter o alongamento por 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.


2 - Gato e Camelo (Arrepio de Gato):
Ficar na posição "de quatro", deixar a barriga arquear, permitindo que as costas curvem-se para baixo, manter essa posição por 5 segundos e então arquear as costas.
Repetir 10 vezes e fazer 2 séries.


3 - Enriste Pélvico:
Deitar sobre as costas, com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Contrair os músculos abdominais e encostar a coluna no chão.
Manter a posição por 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
 4 - Enrolamento Parcial:
Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima. Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais.
Manter a posição por 3 segundos.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.
                                                            Progressivamente, fazer 3 séries.


5 - Extensão do Quadril de Bruços:
Deitar sobre a barriga e contrair as nádegas, uma contra a outra, e elevar a perna lesionada, aproximadamente 10 centímetros do solo.
Com a coluna reta, manter a perna elevada por 5 segundos e relaxar.
Fazer 3 séries de 10.

6 - Exercícios de Bruços:
Deitar de bruços, com a cabeça encostada no solo por 5 minutos. Se doer, usar um travesseiro sob a barriga. Isso aliviará a dor na perna.
Quando puder deitar de bruços com a cabeça encostada no solo, sem usar o travesseiro, pode-se passar para a próxima fase.
Deitar de bruços e apoiar os cotovelos no solo, sustentando o corpo por 10 segundos.
Não deve-se sentir dor nas pernas ao fazer esse exercício, mas é normal sentir dor na região lombar.
Repetir 10 vezes e fazer várias vezes por dia.

7 - Enrolamento Parcial:
Deitar sobre as costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados no chão.
Colocar as mãos atrás da cabeça, mantendo os cotovelos para cima. Lentamente levantar os ombros e cabeça do chão, contraindo os músculos abdominais.
Manter a posição por 3 segundos.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.
                                                                          Progressivamente, fazer 3 séries.

Tronco e Coluna

Tendinite do Bíceps

O que é a tendinite do bíceps?

Os tendões são tecidos conectivos nas extremidades dos músculos, que unem estes aos ossos. O músculo bíceps está localizado na parte da frente do braço, tem 3 tendões, um deles fica na extremidade inferior e liga-se ao cotovelo e os outros dois se inserem em locais diferentes do ombro.
A tendinite do bíceps ou biciptal é uma inflamação no tendão que provoca dor na parte da frente do ombro.


Como ocorre?

Ocorre por excesso de uso e movimentos repetitivos do braço e do ombro ou através de uma lesão direta no tendão.

Quais são os sintomas?
Dor ao mover o braço ou o ombro, especialmente ao levantar o braço acima do ombro e na palpação da região anterior do ombro.

Como é diagnosticada?
O médico examinará o braço e o ombro à procura de áreas doloridas ao longo do músculo e do tendão do bíceps.

Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressas de gelo sobre o local por 8 minutos, parando por 3 minutos, repetindo essa seqüência até completar um ciclo total de 30 minutos, 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Uso de medicamento antiinflamatório.
• Aplicação de uma injeção de cortisona, para ajudar a reduzir a inflamação e a dor.
• Realizar exercícios de reabilitação.

Quando retornar ao esporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando:
• O ombro lesionado possuir total amplitude de movimento, sem sentir dor.
• O ombro lesionado tiver recuperado força normal, comparado ao ombro não-lesionado.
Em esportes de arremesso, o retorno deve ser gradual, para adquirir tolerância ao arremesso. Isso significa começar com lançamentos gentis e gradualmente arremessar com mais força.
Em esportes de contato, o ombro não poderá estar sensível ao toque e o contato deverá progredir do mínimo ao mais severo.

Como evitá-la?
A melhor maneira de preveni-la é aquecendo e alongando corretamente o braço e o ombro antes de realizar esportes ou diariamente, aqueles que trabalham fazendo movimentos repetitivos com o braço ou carregando muito peso.

Exercícios de reabilitação da tendinite do bíceps:

 1 - Amplitude de Movimento Ativo do Cotovelo:
Em pé, dobrar o cotovelo do braço comprometido e elevar a mão.
Com a palma para cima, de encontro ao ombro.
Lentamente retornar à posição inicial e estender o braço.
Repetir 10 vezes.

 
 
 
 
 
 
    2 - Amplitude de Movimento do Antebraço:
Com o cotovelo de lado, dobrado a 90º, girar devagar a
mão para cima e manter por 5 segundos; depois,devagar, girar a mão para baixo e manter por 5 segundos.
Fazer 3 séries de 10 repetições.
É importante manter o cotovelo a 90º durante todo o exercício.






3 - Enrolamento do Bíceps (Fortalecimento):
Em pé, segurando um peso, dobrar o cotovelo do braço comprometido e elevar a mão.
Com a palma para cima, de encontro ao ombro.
Lentamente retornar à posição inicial e estender o braço.
Repetir 10 vezes.











4 - Pronação e Supinação:
Substituir o martelo da figura por uma régua, segurando- a com o cotovelo dobrado a 90º, fazer o movimento de rotação, primeiro com a palma da mão para cima e depois para baixo.
Fazer 3 séries de 10 repetições de cada exercício.











5 - Tríceps (Fortalecimento):
Deitar de costas, com os braço lesionado esticado, apontando a mão para o teto.
A outra mão deve segurar o cotovelo do lado comprometido.
Dobrar o cotovelo lesionado para trás, fazendo com que a mão desse braço apóie-se sobre o ombro e assim seu cotovelo fique apontando para o teto.
Estender o braço fazendo com que a mão fique apontando para o teto.
Repetir 10 vezes.
Colocar peso gradualmente.
 

6 - Flexão do Ombro (Fortalecimento):
Em pé com o braço lesionado ao lado do corpo, eleve o braço anteriormente, mantendo o cotovelo estendido.
Manter por 5 segundos e repetir 10 vezes.